No dia 15 de junho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, data que marca também o mês de mobilização da campanha Junho Violeta.
A ideia é chamar a atenção da sociedade para a importância de proteger e respeitar aos direitos dessa parcela da população.
Uma iniciativa que, como mostram os números, ainda se faz muito necessária.
Para se ter uma ideia, só no ano passado, de acordo com registros do Disque 100, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o total de denúncias de violência contra idosos no nosso país cresceu 22% em relação a 2023.
As agressões mais comuns envolvem violência física, psicológica, patrimonial e abandono.
De acordo com o advogado e presidente da Comissão Permanente dos Direitos da Pessoa Idosa da OAB SP, João Paulo Iotti Cruz, a violência contra pessoas idosas é praticada de diferentes formas:
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Um exemplo são os chamados fake lovers:
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Um dos maiores desafios no enfrentamento da violência contra uma pessoa idosa é o silêncio.
O advogado João Paulo Iotti Cruz Muitas diz que, em muitos casos, as vítimas não denunciam por vergonha ou por medo já que, na maioria dos casos, como mostram os registros oficiais, a violência ocorre no núcleo familiar:
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A recomendação do advogado é clara. Se você é vítima ou conhece um idoso ou uma idosa que esteja em situação de risco, não se cale.
O Disque 100 é o principal canal para denúncias, mas também é possível procurar o Ministério Público e delegacias comuns ou especializadas.
Importante lembrar que o Estatuto da Pessoa Idosa, que é a lei federal nº 10.741/2003, define medidas de proteção, garante acesso a direitos fundamentais, e estabelece punições específicas para quem comete atos de negligência, violência ou discriminação contra idosos no nosso país.